sexta-feira, 26 de junho de 2009

A palavra de ordem: instabilidade

Se há coisa que não se consegue prever na Polónia é o estado do tempo. Quando alguém vem para estes lados e pergunta que roupa há de levar, a resposta invariavelmente é: De tudo um pouco! Esta Primavera/Verão está a ser completamente de loucos! Um dia sol, no dia seguinte chuva; ou então no mesmo dia calor e frio. Nos últimos tempos já me aconteceu várias vezes vestir-me quente de mais e fresca demais para os dias que estavam. As temperaturas têm oscilado entre os 8ºC e os 30ºC. E a chuva!... Nem se fala... Já não há o perigo de eu deixar morrer as minhas plantas novas na varanda; elas de qualquer maneira têm sucumbido lentamente graças aos recentes dilúvios.
Mas há uma coisa que me irrita solenemente: sempre que há um diazito bom de sol e calor, quando à tarde me preparo para ir passear com a T., surgem umas nuvens escuríssimas (às vezes quase parece noite) e - claro - pouco tempo depois ou começa a soprar um vento super desagradável, ou começa a chover torrencialmente (ou então as duas coisas juntas). Já não há paciência!... Só espero que durante as nossas ricas férias em Portugal o tempo esteja minimamente bom. Senão, acabou-se a esperança de ter, pelo menos, uns diazitos de Verão este ano.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Mais uma!


Com grande alegria recebemos ontem a notícia do nascimento da minha sobrinha Luisinha. Durante todo o dia seguimos com grande intensidade o que se estava a passar e ao fim da tarde, estava eu no meio do supermercado, recebi a grande novidade! Daquilo que pude ver nas fotos, a Luisinha é liiiiiiiiiiinnnnddaa!!!!!
Parabéns aos pais, irmãos, avós, tios, primos e a todos aqueles que connosco se alegram com esta boa notícia! :)


PS - Não se deixem enganar, a da foto é a Maria! ;)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Jak się masz?

Noutro dia, em conversa com o Staś, ele comentou como achava estranho os portugueses cumprimentarem-se com "Tudo bem?", sem nunca se interessarem pela resposta. Na Polónia, quando alguém se cumprimenta com "Jak się masz?", normalmente a seguir vem uma resposta (regra geral, dizem, uma resposta pessimista). No entanto, em Portugal é frequente cumprimentarmo-nos com um "Tudo bem?" ou "Como está?" sem mais nada. Nem a pessoa que pergunta espera por uma resposta, nem a pessoa a quem perguntaram pensa em responder. Isto é estranhamente natural nos portugueses. Lembro-me de estar no liceu ou na faculdade e passar por pessoas nos corredores, com quem trocava ligeiros "Tudo bem?" que não passavam disso. Para um polaco (e talvez para a maioria das outras nacionalidades) isto é muito estranho. Quando passo por alguém sem tempo para conversas digo apenas "Cześć" ou algo do estilo. Se pergunto "Jak się masz?" significa que a outra pessoa tem de parar e dizer alguma coisa. Será que isto é uma característica dos portugueses, que se estão nas tintas uns para os outros? Mas também poderia dizer, será que é uma característica dos polacos, que gostam de se queixar e falar das suas mágoas?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Há um ano...

Há um ano tínhamos acabado de começar o Euro 2008. A Espanha deu 4-1 à Rússia e a Grécia levou 2-0 da Suécia. Assistimos a estes jogos no hospital. Não porque alguém estivesse doente, antes pelo contrário. Fomos lá para dar as boas-vindas à mais jovem habitante da nossa casa. Foi um dia cansativo (pelo menos para mim!...), que começou por volta das 3h30 da manhã. Mas sem dúvida um daqueles que dificilmente esqueceremos. Foi o início de muitas confusões, algumas noites com várias interrupções, imensos imprevistos, mas muita animação, surpresas e sobretudo muita, muita alegria. A nossa vida passou a complicar-se muito mais, mas estamos imensamente agradecidos por isso. Cá não é feriado, não é dia da Polónia, mas para nós vai ser sempre uma data inesquecível.

domingo, 7 de junho de 2009

Bolas...

Detesto fazer parte da abstenção... :(
Para a próxima tenho de me lembrar de me recensear mais cedo no consulado...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Efeméride




Faz hoje 20 anos que houve eleições livres na Polónia depois da IIª Guerra Mundial. Nessas eleições, o Solidariedade massacrou completamente o governo comunista de então. Foi o início da mudança na Polónia que levou à queda do comunismo.


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Devido ao facto de amanhã ir fazer um exame oficial de polaco, não consigo escrever muito mais sobre a história da Polónia. Mas espero conseguir fazê-lo em breve.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Obras públicas na Polónia

Há uma coisa em que, de facto, os polacos são muito bons: em fazer obras públicas. Refiro-me concretamente a obras tipo estradas, melhoramento do piso, etc. É comum num fim-de-semana haver uma estrada cortada ou com algumas faixas cortadas para se arranjar o piso e na segunda-feira essa mesma estrada já estar aberta e a funcionar sem problemas. A rapidez com que eles fazem estas obras espanta-me. Desde que estou a viver nesta casa posso enumerar vários pontos por onde passávamos de carro que foram melhorados e também novos acessos que foram criados. O novo caminho para o aeroporto, por exemplo, que dá um jeitão desgraçado, foi terminado num piscar de olhos. Lembro-me de fazer esse caminho com o chão ainda meio de terra em algumas partes, só com uma faixa para cada lado e pouco tempo depois passamos lá e... estrada óptima, com 2 ou 3 faixas para cada sentido. Fiquei mesmo fã. Outo exemplo é a gigantona avenida Puławska, que aqui há uns 2 anos esteve em obras para melhorar o piso. Durante algumas semanas tiveram de fechar parte da rua, o que foi um bocado chato. Mas atenção, digo "durante algumas semanas", não digo meses, semestres, anos. Agora estão a construir uma estrada nova, não sei bem se será prolongamento da Wilanowska ou da Sobieskiego (de qualquer forma é em Wilanów), e da forma como já vejo os trabalhos, cheira-me que daqui a umas semanas (vá lá, um mês, mês e meio) já vamos ter trânsito a passar ali.
Acho que foi a Vanessa uma vez que disse que se o tunel do Marquês fosse construído cá na Polónia, tinha estado pronto muito mais rapidamente. Agora percebo o espanto do Stas sempre que vamos a Lisboa e vê que as obras do metro no Saldanha ainda não acabaram.