segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Regresso

Ontem passámos de 40ºC para 14ºC... Chegámos a Varsóvia à noite, contentes por termos feito um voo directo e encontrámos tudo na mesma. Foi o fim das férias, por agora. Passámos duas grandes semanas por terras lusas, em que desfrutámos do melhor da costa alentejana e da beira alta. Mais notícias serão dadas nos próximos dias. Agora ainda temos de acabar de desfazer as malas. Até já!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Férias

Parece que as fotografias do Mar Báltico vão ter de ficar para depois. O blog vai de férias à terra natal e volta daqui a duas semanas. Venha agora o Atlântico!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Primeiro contacto físico com o Mar Báltico

Na semana passada fomos passar uns dias à praia. Foi o meu primeiro contacto físico com o Mar Báltico. Há um ano e meio já tinha estado na zona da Trójmiasto (nome como é conhecida a região de Gdańsk, Gdynia e Sopot), mas como era Inverno limitei-me a olhar o mar, de kispo e gorro enfiado quase até ao nariz. Desta vez foi diferente.
Na 4ª feira ao fim da tarde partimos em direcção a Ustka, uma cidade portuária no norte da Polónia. Pensámos muito sobre que trajecto tomar e por fim decidimos ir por um caminho um pouco mais estranho, mas em que beneficiaríamos de vários quilómetros de autoestrada. A viagem até nem se fez mal - só ao princípio a Teresa se queixou um bocado, mas depois sossegou. Chegámos à meia-noite. Estas viagens por dentro da Polónia são sempre longas, devido ao tipo de estradas. Elas até nem são más, há muitas rectas onde se anda bastante bem. O problema é que de repente entra-se numa povoação, surgem passadeiras, cruzamentos, etc, e lá se vai a boa velocidade a que vínhamos.
Para já, vou só referir a viagem de ida e de regresso, a estadia na praia fica para outro post. A piada de se andar por estas estradas nacionais é que se vão encontrando umas coisas interessantes. Tanto para lá como para cá cruzámos duas vilas onde havia ruínas de castelos dos templários. Numa delas, o castelo estava ainda muito bem conservado. Lembrou-me bastante o de Ciechanów, onde estivemos no ano passado, mas acho que era mais bonito. Tenho algumas fotos que tirámos na viagem de regresso, porque tivemos o azar (ou a sorte) de ficar parados numa fila nuns semáforos mesmo ali. Depois mostro. Acho muito interessante este tipo de castelos, porque não tem nada a ver com os nossos. São de tijolo, em algumas zonas há tijolos mais escuros a fazer um pequeno desenho, depois têm uns buracos onde se enfiavam umas grossas traves de madeira para formar pisos. São mesmo giros. Numa dessas vilas vimos, uns quilómetros à frente do castelo em ruínas, uma casa antiga também de tijolo. Tinha completamente ar de ter sido construída com os tijolos que faltavam ao castelo! Este pessoal pelos vistos desenrascava-se como podia.
Durante a viagem cruzámos o rio Vístula duas vezes, da segunda vez antes de entrar na autoestrada. A autoestrada é boa, anda-se lá muito bem. Só falta introduzirem Via Verde, para não se ter de ficar parado nas portagens, mas... para isso é preciso haver uns quilómetros mais de autoestrada na Polónia! Depois de sair, fomos por uma estrada secundária que atravessou a região dos Kaszubi. É uma região da Polónia muito característica, penso que a única que tem um dialecto próprio. As placas com os nomes das povoações apareciam sempre escritas em polaco e por baixo ou mais à frente em "kaszubiano". Não consegui tirar uma fotografia a nenhuma, porque já era muito tarde e íamos com alguma pressa.
Quase na etapa final da viagem, passámos por Słupsk. Para minha grande surpresa, esta cidade parecia não ter nada de polaco! O Staś dizia que parecia uma cidade alemã. Nunca estive na Alemanha (pelo menos fora dum aeroporto), mas de facto polaco é que aquilo não era! E, na realidade, aquela região pertenceu durante anos à Prússia, daí que seja muito normal ter influências germânicas. Não entrámos a fundo na cidade, só atravessámos algumas ruas principais. Mas devo dizer que a achei lindíssima.
Em relação a Ustka, a cidade portuária e de praia daquela zona, também não parece muito polaca. É uma típica cidade de praia, em alguns aspectos lembrou-me a Figueira. Não pensei que na Polónia pudesse haver sítios assim. Gostei de ver. É curioso ver letreiros escritos em polaco e alemão, para os turistas.
Da viagem de regresso pouco há a dizer. Desta vez, peguei no volante, pelo menos duas vezes, para não sobrecarregar o Staś. Achei um bocado chato conduzir nas nacionais, mas por sorte também pude guiar na circular de Grańsk e ainda um bocado de autoestrada. A viagem correu sem sobressaltos, mas a certa altura, numa dessas estradas meio secundárias, começámos a ver uns brutos a ultrapassar e a andarem a abrir. Uns quilómetros mais à frente apanhámos uma fila gigante de carros. Primeiro pensámos que seria um semáforo, pois estávamos à entrada de uma vila. Depois, percebemos que tinha sido um acidente... Provavelmente um daqueles alarves a conduzir... Sem saber o que fazer, decidimos inverter a marcha e ir em sentido contrário. Vimos uns carros à nossa frente que começaram a meter-se por um caminho de terra batida (seria mesmo um caminho?? Aquilo mais parecia a horta do Ti'Manel... Enfim...) e metemo-nos também atrás deles. Mais à frente virámos à direita, continuando no meio do campo e quando olhei para trás vi que vinha uma fila de uns 20 ou 30 carros atrás de nós. Decidiram todos fugir por ali. Tivemos sorte que o carro não se estragou (não temos propriamente um jeep...) e depois lá conseguimos retomar a viagem normalmente. O regresso, apesar de termos saído mais cedo, foi um bocado mais secante. A Teresa decidiu que não gostou do lanche a meio da viagem e forçou-nos a uma paragem numa terra desconhecida para trocar de roupa e limparmos o carro. Vicissitudes. À chegada a Varsóvia, tudo normal, como quando tínhamos saído. Os meus olhos esforçavam-se por estar bem alerta durante esta última fase da viagem. Demorámos quase 9h!... Foi um massacre, sem dúvida nenhuma. Mas acho que valeu a pena, só para poder estar uns diazitos na praia.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O que quer o homem polaco?

Costumo ler uma revista polaca dirigida a mães de crianças pequenas. Nas últimas páginas existe uma rubrica chamada "O pai do mês". As mulheres escrevem para lá a contar porque é que acham que o pai das suas crianças é um excelente pai. Todos os meses são seleccionados três pais, que ganham sempre um prémio qualquer. Normalmente são produtos de cosmética para homens, giletes ou algo do estilo.
Acabei de folhear a revista deste mês e, como sempre, dei uma olhadela por estas páginas. No canto inferior direito, onde vem sempre o desafio para as mulheres escreverem, aparece o prémio que irão receber os homens seleccionados para o próximo mês. E desta vez o prémio é... um aspirador!!!! Um aspirador?? Sim, sim, é mesmo isso! Os "super-pais" de Setembro vão ganhar um aspirador! Já estou mesmo a ver as mulheres todas a atropelarem-se a enviar as cartas para lá, a ver quem ganha. Enfim...

PS - Mostrei a revista ao Stas e ele reparou num promenor delicioso: o aspirador da foto da revista é cor-de-rosa...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Churrascadas

Os meses quentes são para os polacos meses de churrasco. Ok, na realidade eles fazem-se durante todo o ano, mas é nesta altura que damos por nós de churrasco em churrasco. São sempre uma delícia, apesar de diferentes dos a que estou habituada em Portugal. Para já, esqueçam as sardinhadas (felizmente para mim, que não sou fã de sardinhas). A iguaria dominante é a salsicha. Obviamente não falo das salsichas tipo Isidoro, mas salsichas a sério. Os polacos costumam acompanhá-las com pão, mostarda, ketchup ou outro molho do estilo. Para além disto fazem também febras, espetadas e outras coisas do tipo. Há uma de que não gosto muito. É uma espécie de morcela, mas feita com kasza, um cereal muito típico por estes lados. O único motivo pelo qual não me sabe tão bem como uma morcela é precisamente ter no meio essa kasza.
Para além dos churrascos, costumam fazer também fogueiras. Percebo bem porquê, pois à noite a temperatura costuma arrefecer bastante e sabe muito bem ficar sentadinho em frente à fogueira.
Este ano aquilo que me está a faltar no verão polaco é não ir passar uns dias à Mazúria, aos lagos. Talvez para o ano consigamos. Agora o próximo destino é mesmo o Mar Báltico e depois o Oceano Atlântico.