sábado, 28 de dezembro de 2013

O Natal no centro de Varsóvia

Sem muito tempo para descrever o nosso Natal polaco, deixo apenas algumas fotos das iluminações na zona histórica de Varsóvia. 

A praça do mercado com efeitos luminosos nas fachadas.

Por baixo destas luzes "à Santos Populares" havia um ringue de patinagem no gelo.

A praça do palácio, com a sua enorme árvore de Natal luminosa e efeitos na fachada do palácio.

A árvore de Natal e o presépio em frente à catedral do exército polaco, com uma mensagem de boas festas deste. Dentro do casebre do presépio havia ovelhas vivas, mas estavam escondidas a dormir (não deviam estar escondidas do frio, porque estavam 9ºC).

A praça do mercado da Cidade Nova.

Este urso gigante tinha altifalantes nos pés e mexia a boca, contando assim histórias de Natal às crianças. Muito giro.

A árvore de Natal e os enfeites luminosos na praça da Cidade Nova.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Semana patriótica

Estamos em época de feriados na Polónia. Maio e Novembro são meses de fins-de-semana prolongados (em Maio um gigante, em Novembro dois seguidos, mais ou menos). Na semana passada tivemos o dia de Todos-os-Santos na 6ª feira e agora, na próxima 2ª feira, temos o Dia da Independência. Para celebrar esta efeméride, todos os anos o infantário da T. organiza a semana do "Pequeno Polaco". É uma semana em que as crianças se devem vestir com as cores da bandeira da Polónia (branco e vermelho... um bocado benfiquista demais para mim, mas paciência...) e aprendem canções patrióticas, ouvem histórias patrióticas, etc., porque, no fundo, os polacos são um povo patriótico. Durante o Euro organizaram no infantário um dia do adepto em que todos iam vestidos com as cores da Polónia. Nesse dia a T. levou um cachecol da selecção portuguesa (não a consegui deixar ir só de "Polónia"). Foi assim, mas não ligou grande coisa. No entanto, ontem de manhã, antes de sair de casa vestida de bandeira polaca, perguntou-me: "E quando é que vamos ter de nos vestir de verde e vermelho?" Lá lhe disse que qualquer dia havemos de fazer a semana de Portugal.
Ao fim do dia, quando a fui buscar ao infantário, mostrou-me o desenho que tinha estado a fazer. Disse-me com tristeza que não tinha conseguido acabar porque já não havia verde. Qual não foi o meu espanto quando me explicou que aquilo era... a bandeira de Portugal! Não importa se a posição das cores não era bem aquela. Até uma mini esfera armilar ela fez (independentemente do facto de ser mais azul e cor-de-laranja do que amarela, está lá)! Senti-me orgulhosa e naquele momento percebi que de facto a minha filha está bem consciente da sua dupla nacionalidade.

(o autocolante da Ariel foi ali colado completamente ao calhas, vá-se lá saber porquê... Se calhar achou que ficava bem na bandeira, já que as cores até combinam.)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Um bocadinho do tempo de Portugal na Polónia

Há uma semana fomos passear ao centro de Varsóvia e, num jardim, assistimos a uma sessão fotográfica de uns noivos. Até aqui tudo bem, não fossem estar 9ºC ao sol, com vento gélido, e a noiva e a madrinha estarem com vestidos cai-cai... Para dar uma ideia, eu estava de sobretudo e cheia de frio. Mesmo o sol não me conseguia aquecer... Cheira-me que esta noiva passou a lua-de-mel a beber chá de limão com mel e a tomar anti-inflamatórios.

Agora, se tivessem decidido casar-se uma semana depois... a história era outra! Nos últimos dias temos tido um tempo espectacular por aqui. Com máximas à volta dos 20ºC!! A sair de casa sem casacos, nem chapéus, nem cachecóis. Com as botas bem fechadinhas em casa no armário. 
Para mim tem sido uma maravilha. É a primeira vez desde que vivo na Polónia que apanho uns dias assim no fim de Outubro. Deus queira que se mantenham ainda algum tempo! Só de pensar que exactamente há um ano caíram as primeiras neves!... :)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Água é vida

A bebida que mais bebo durante o dia é água. Às vezes bebo um chá, raramente bebo sumos. Já os polacos preferem beber chá, sumos, água com gás, água com limão,... Aos bebés, por exemplo, começam desde muito cedo a dar chás e sumos. Aquela imagem que temos dos bebés agarrados a um biberon ou caneca de água cá é alterada por recipientes com líquido colorido dentro. Sempre tive de lidar com a surpresa das mães polacas por os meus filhos preferirem beber água. Tanto um como outro prefere sempre água - e eu também.
Nos últimos dias tive duas situações que tornaram o meu hábito de beber água algo estranho. Em casa duns amigos dei por mim a querer beber um copo de água. Procurei visualmente uma garrafa ou garrafão e avistei uma na cozinha. Servi-me um pouco e quando fui a beber... blhac, era uma daquelas águas meio água das pedras, péssima! Acabei a beber água do biberon do M... Entretanto, por acaso, chegaram as compras que eles tinham encomendado online e nada de água (nós encomendamos sempre uns 5 garrafões). Fico a pensar: o que é que eles bebem?? Já noutro dia, em casa de outros, foi o contrário. Dizem-me eles: "Desculpa, mas não temos sumos... Se calhar queres um chá..." Nem queriam acreditar quando lhes disse que preferia beber água! Sim, porque é muito comum eu chegar a casa de alguém, pedir um copo de água e as pessoas acharem que eu estou a fazer cerimónia e quererem obrigar-me a beber qualquer outra coisa.
É tudo uma questão de hábito. Penso que terá a ver com o facto de durante muitos anos não haver água potável nas torneiras. Actualmente, apesar de dizerem que em Varsóvia já se pode beber água da torneira, na prática eu não me fio nisso. Eu e quase toda a gente. A água sabe mal (há uns meses bebi um copo de água da torneira por distração), às vezes tem uma cor estranha e tem imenso calcário. Ora, durante aqueles anos difíceis do comunismo, em que não dava para se estar sempre a comprar garrafões de água, o normal era ferver a água da torneira e beber assim, sobretudo em chás. 
É estranho não se poder beber água da torneira. A T., por exemplo, sabe que aqui no banho não pode beber água do chuveiro, mas em Portugal pode. No fundo é tudo uma questão de hábito.

Afinal há esperança...

Mal posso esperar por aqueles 18ºC!! :)


sábado, 12 de outubro de 2013

Politiquices

Amanhã é dia de referendo em Varsóvia. Uma iniciativa que começou sem ser notada, mas acbou por ganhar enormes proporções. Varsóvia está divida em diferentes regiões administrativas. Cada uma delas tem um presidente da câmara, assembleia e todos os órgãos normais de uma câmara. Acima de todos está o presidente da cidade, que é basicamente quem decide quanto dinheiro vai para cada câmara e trata das questões mais importantes da cidade.
Ora, Varsóvia tem há uns anos uma presidente que nos últimos tempos tem deixado muito a desejar. Então, o presidente da câmara de Ursynow (onde nós vivemos), cheio de ambições políticas, decidiu iniciar uma recolha de assinaturas para fazer um referendo, para decidir se ela há-de continuar a governar a cidade. Tal como disse, a iniciativa foi ganhando grandes proporções e o senhor tornou-se conhecido (que no fundo era o que ele queria). Amanhã é o referendo e agora a questão é se irão votar pessoas suficientes para o validar. É que os apoiantes da actual presidente são contra o referendo e querem boicotá-lo. Enfim...
Tudo isto ser-me-ia totalmente indiferente, não tivessemos nós um amigo que é deputado municipal na nossa câmara e do mesmo partido do presidente (um partido independente que reúne gente de facções políticas diferentes - o presidente, por exemplo, é muitíssimo de esquerda, o que faz que muitas pessoas não o queiram apoiar neste referendo). Ou seja, desde o início que acompanhamos a campanha contra a presidente. E devo dizer que apoio totalmente os argumentos iniciais que eles usaram. Para além disso, desde que começou esta campanha, a presidente resolveu uma série de problemas que se andavam a arrastar há meses, o que foi muito bom. O problema é que a partir de certa altura o presidente começou a querer dar demaisdo nas vistas. Por exemplo, a cidade está agora cheia de cartazes dele a incentivar as pessoas a irem votar, só que basicamente o cartaz é a cara dele e o nome, e só num lado diz para as pessoas irem votar. E isto acho absurdo.
Não faço ideia se o referendo vai ser vinculativo ou não, e se for qual será o resultado. Sei que em alguns aspectos Varsóvia já ganhou e as coisas que estavam mal e se andam a arrastar duvido que sejam resolvidas tão cedo. Basicamente são manobras de diversão política e independentemente do resultado, o nosso presidente já ganhou o que queria ganhar: notoriedade política.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sim, há homens que não gostam de futebol

Sendo nascida e criada em Portugal, há uma coisa que continua a fazer-me muita confusão na Polónia. É o facto de haver homens que não ligam ao desporto. Não me refiro concretamente ao facto de praticarem ou não (isso não sei), mas de assistirem, apoiarem, vibrarem. No caso concreto do futebol percebo que a liga polaca é fraca, mas há muita gente que apoia equipas estrangeiras, que vê a liga espanhola, inglesa, italiana, os jogos da Champions, etc. Agora, haver homens que se calhar nem sabem o que é um fora de jogo, isso já acho demais! Lembro-me, no ano passado, durante uma reunião de pais no infantário da T. que já se estava a prolongar demais, havia três pais que começaram a ficar com bicho-carpinteiro porque estava quase a começar um jogo de futebol importante. Três em sei lá quantos. Os outros nem sabiam quem ia jogar.
Quando estou com alguém que me diz que o marido "não gosta de futebol" ou "não liga", tento reagir com a maior naturalidade possível. Só que dentro de mim há uma voz que grita: "Oquê????????? Como é possível???". Ainda por cima acho um desperdício quando há famílias com grandes televisões em casa, com enorme qualidade, nas quais ver um jogo de futebol é uma delícia para os olhos, e simplesmente nem sabem qual é o número do Eurosport (ou semelhantes). Dá Deus nozes a quem não tem dentes.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Semana portuguesa (e espanhola...) na Biedronka

A semana passada foi a semana Ibérica na Biedronka. Infelizmente eu não sabia e o mais curioso é que passei lá um dia e nem dei por nada... É o problema destas acções temáticas de supermercados tipo Lidl e Biedronka: tudo desaparece num instante sem lhe pôrmos a vista em cima. Mesmo sabendo que já tinha acabado a semana, decidi passar lá a ver se encontrava alguns restos. E encontrei!


Queijo flamengo dos Açores (sempre achei uma pena não haver cá), queijo de vaca e cabra de barrar, vinho (bem... vinho português encontra-se sempre!!) e... bolacha Maria! Parece uma coisa ultra simples, mas os meus filhos adoram e cá não há. Mal peguei nelas no supermercado, o M. começou logo a gritar: "bu'acha! bu'acha!", e queria que eu abrisse logo o pacote. Numa situação normal teria comprado logo uns dez pacotes, mas como ainda tenho uma caixa cheia de pacotes trazidos de Portugal achei que não valia a pena.
Disseram-me que houve também à venda um livro com receitas portuguesas. Quem mo disse sugeriu que eu fosse ver se ainda havia para comprar. Bem, comprar um livro de receitas portuguesas na Polónia para mim seria um pouco estranho... O único motivo que me poderia levar a fazê-lo seriam os ingredientes, porque muitas vezes, quando quero fazer algo português, faltam-me ingredientes e não sei qual é o equivalente polaco. Talvez neste livro encontrasse isso. Mas, por outro lado, do que ouvi de uma receita de cozido à portuguesa, a lista de ingredientes estava incompleta. Acho que o melhor é manter-me com os meus livros tradicionais e não inventar.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O que as polacas fazem no Outono

Para muitas polacas, o Outono é a sua época preferida do ano. Julgo que gostam não só das cores da natureza, mas também da melancolia própria da estação. No entanto, há outra coisa de que acho que elas também gostam. É que no Outono aproveitam para fazer várias coisas para consumir durante o Inverno. Se os homens dedicam este tempo a fazer licores de diferentes frutos do bosque (há tantos e tão diferentes, que eu nem saberia traduzir os nomes), as mulheres dedicam-se a fazer compotas. Aproveitam os últimos tempos com fruta de Verão e é vê-las a encher frascos e mais frascos (e os supermercados cheios de recipientes vazios para vender). Mas não se ficam só nas compotas: há quem prepare também couve e pepinos para fermentar e fazer aquela espécie de chucrute e pikles. Nos últimos dias tenho visto várias mulheres todas entusiasmadas a fazer as suas compotas e todo o tipo de conservas de frutas e legumes. No ano passado eu também me dediquei a fazer o tradicional doce de abóbora português. Este ano não fiz, mas passei a minha receita a outras pessoas que se interessaram por ela no ano passado. Agora já me disseram que vão fazer um concurso de provas de doce de abóbora para eu ver que tal ficou. Estou para ver.
Mas o que acho mais engraçado nisto tudo é ver a alegria com que fazem isto e que é mais uma das coisas que faz os polacos gostarem tanto do Outono.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Problemas com a temperatura

Se há coisa que me custa na Polónia é ter de usar em Setembro casacos de Inverno. Todos os dias quando saio de casa nunca sei o que hei-de pôr em cima de mim. Olho para o termómetro, vejo temperaturas à volta dos 10ºC e penso logo em levar um kispo. Mas de repente páro e penso: "Espera lá, isso é o que eu uso quando estão temperaturas negativas, tipo -10ºC... Como é que eu fazia nesta época nos anos anteriores?" Fico sempre sem saber o que fazer. A opção é usar casacos mais leves, mas saio sempre de casa com a sensação que vou ter imenso frio na rua. Felizmente acabo por não ter. Ah, e normalmente a cabeça tem de ir coberta com algum capuz ou chapéu. O ventinho que tem estado não é para brincadeiras. O pior é que estou a notar uma tendência para estar cada vez mais frio e não sei se vou aguentar muito mais tempo a usar casacos de meia-estação...

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Autocarros em casamentos??

Quando vim para cá, achei muito estranho ver à porta das igrejas, quando havia casamentos, autocarros de turismo. O que é que um autocarro tem a ver com um casamento?? Afinal tem, e muito! Para não haver o eterno dilema conduzir vs. beber, organizam-se autocarros que levam os convidados até ao sítio do copo de água e depois os vêm trazer até algum sítio combinado, onde poderão apanhar um taxi ou algum outro transporte. Uma ideia, no mínimo, curiosa. E que não se aplica só a casamentos. Na empresa do S., por exemplo, quando fazem a festa anual para os trabalhadores, também usam o esquema do autocarro.

sábado, 28 de setembro de 2013

O Outono em Łazienki

Por saber como não gosto do Outono na Polónia, uma amiga sugeriu que eu participasse num passeio guiado com um biólogo no parque de Łazienki sobre as alterações da natureza no Outono. Achei que podia ser uma boa ideia e por isso hoje de manhã arranjámo-nos depressa para conseguir estar lá à hora certa.
A visita foi bem interessante. O nosso guia, o biólogo Darek (não me lembro do apelido...!) - especialista em insectos... - levou-nos a dar uma volta pelo parque, parando por aqui e por ali para algumas explicações. Foi uma autêntica aula de revisões de ciências da natureza, com lições sobre a fotossíntese, sobre o modo como as folhas mudam de cor e porque é que caem das árvores. Mostrou-nos ainda alguns insectos do parque e fiquei a saber que existem joaninhas bordeaux com pintinhas brancas! Tirei algumas fotos que podem ilustrar melhor este passeio.

O nosso guia a explicar porque as folhas mudam de cor e caem das árvores.

Um esquilo. Há imeeeeensos em Łazienki. Nem sei quantos vi hoje! São espécies protegidas por isso é proibido apanhá-los. Mas não têm medo de nós e se tivermos comida, é provável que venham comer das nossas mãos. Agora uma curiosidade do bilinguismo: em polaco, a palavra esquilo (wiewiórka) é feminina. A T. passou o tempo a dizer coisas tipo: "Vamos apanhá-la!", referindo-se ao esquilo.

O guia a mostrar alguns dos insectos que apanhou de uma das árvores com a sua rede.

Um turista asiático teve este momento de contacto com um esquilo.

A qualidade da foto não é grande coisa (telemóvel...), mas dá para ter uma ideia da transformação da cor nestas árvores, desde o verde ainda muito verde do lado esquerdo até ao verde-amarelado do lado direito.

Novamente sem grande qualidade, mas com algum esforço percebe-se que ao longe as árvores têm diferentes cores outonais. Na relva, patos.

Uma autêntica cratera numa árvore, feita por insectos (blhec). Na parte de baixo da foto vê-se um pouco da areia em que os ditos bichos transformaram a madeira da pobre árvore.

Esta risca vertical de cor diferente no tronco da árvore é provocada pela queda de um raio durante uma trovoada. O nosso guia explicou que quando isto acontece, a temperatura da água dentro da árvore sobre brutalmente e queima-a toda por dentro (ouch!!). A seguir a esta vimos outra também com uma marca enorme. Árvore sofre!

Uma casa de pássaros vandalizada por animais. Explicou-nos o guia que pode ter sido por outros pássaros, ou até por... esquilos! Disse ele que estes bichinhos que toda a gente adora volta e meia, quando acham caso disso, tornam-se nas maiores pestes e são capazes de atacar (outros animais, entenda-se). Mas acho que o pior mesmo foi saber que há pássaros que atacam ninhos de outros pássaros, incluíndo os bebés que lá estejam...

Um dos primeiros sinais do Outono na Polónia.

Já fora da visita, passámos pelo famoso monumento de Chopin. Quando estávamos já de saída, ouvi um guia a contar a um grupo um pormenor interessante que desconhecia sobre ela. Ora diz que durante a IIª Guerra Mundial esta estátua foi totalmente destruída. Alguns anos mais tarde, não-sei-quem encontrou num ferro-velho... a cabeça do Chopin! A partir daí, e com base numa réplica em miniatura que havia não-sei-onde (ok, ele estava com outro grupo, não ouvi bem tudo...), reconstruíram a estátua tal qual como está hoje. E esta, heim?

Depois de todo este passeio, a questão final é: Será que fiquei a gostar mais do Outono na Polónia? Sinceramente não sei. O Outono é de facto muito bonito, com as árvores pintadas de mil cores. Mas o frio (podemos sempre agasalhar-nos!)... a chuva (para que servem as galochas??)... os dias pequenos (para isto não arranjo solução... só mesmo a companhia de bons amigos!!)... são muuuuito chatos. Quem sabe, pode ser que este ano seja melhor do que nos anteriores!

PS - Uma observação minha: quando estávamos a regressar, começou a choviscar. E a quantidade de gente a passear por lá, a chegar para passear, grupos organizados, pais com bebés de colo,...? Imensos!! Realmente, os cerca de 7ºC e uma chuvinha não metem medo a ninguém. Eu é que, para dizer a verdade, já estava a gelar, mesmo depois de ter tomado um chocolate quente...

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Perguntas que não lembram a ninguém (ou pelo menos não deviam)

Volta e meia deparo-me com pessoas que me fazem perguntas que considero verdadeiramente... parvas! Não faço ideia o que elas pensam, mas a verdade é que me irrito sempre um bocado por achá-las tão absurdas (provavelmente quem as faz não acha, mas enfim). Eis alguns exemplos:

- Ah, mas a tua filha sabe falar português?? (os dois pontos de interrogação servem para dar uma ideia do tom de surpresa da pessoa que fala)
- Mas tu falas com eles (os filhos) em português??
- O quê? A T. também tem nacionalidade portuguesa??
- E o teu marido também sabe falar português??

E a cereja em cima do bolo, o diálogo que tive há dias com uma pessoa nossa conhecida:

(a conversa decorria com normalidade sobre o desenvolvimento da T. e chegou à questão da linguagem. Nesse momento eu referi qualquer coisa que deu a entender que eu falava com ela português)
- Você fala com ela em português?
- Sim.
- Mas porquê?
(pequena pausa eu que eu olho para o meu interlocutor, tentando perceber se ele por acaso se esqueceu de quem eu sou)
- Então, porque eu sou portuguesa!
- Sim, eu sei, mas você fala tão bem polaco... (e já não sei se ele disse mesmo ou se só ficou no ar a pergunta "para que é que há-de falar com ela em português?")

Ou seja, acho que por muitos anos que passem nunca vou deixar de me surpreender com as perguntas que me fazem...

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Na escola

Já estamos quase no fim da segunda semana de escola desde o início do ano escolar. Este ano para nós é o último no infantário. Significa isto que a partir de Janeiro vamos ter de começar a pensar em escolas (bem... já começámos a pensar há algum tempo!!), a preencher papéis, a ir a entrevistas, sei lá eu!... Felizmente ainda temos uns meses de tranquilidade antes de nos dedicarmos a isso. A T. está toda contente, pois agora já está no grupo dos mais velhos (que inclui ainda miúdos de 6 anos, porque só agora começam a obrigar a ir para a 1ª classe desde os 6 anos; antes era só a partir dos 7). Hoje lembrei-me, a propósito do material que ela tem de levar para lá, que me disseram que nas escolas tem de se levar calçado para mudar. Quando ouvi isto pela primeira vez fiquei em choque. Andar de pantufas ou algo do estilo na primária?? Mas pelos visto é mesmo assim, o que faz algum sentido se pensarmos, por exemplo, nos meses de neve e na lama que se acumula nos sapatos. Já vejo no infantário nessas alturas como fica o chão da entrada, imagino se toda a gente andasse assim lá dentro. É estranho - admito - ter de levar pantufas para a primária, mas também é compreensível. Estou curiosa para ver a lista de coisas que terão de levar para a escola, aposto que vou ver mais umas que vou achar estranhíssimas. Mas por agora, é melhor aproveitar bem este último ano dela no infantário, ainda tão sem obrigações e sem peso nenhum em cima dos ombros.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Mais um casal luso-polaco

Há dias, os nossos vizinhos de cima receberam a visita de um casal amigo que é o contrário de nós: polaca, casada com português, a viver em Portugal (ela há seis anos). Convidaram-nos simpaticamente para lá irmos conhecê-los. Apesar de, por motivos de força maior, eu ter acabado por ficar lá pouco tempo, a pouca conversa que tivemos foi engraçada. Partilhámos as nossas experiências com o bilinguismo dos filhos (tudo igual!!), com a intervenção do anfitrião, ele próprio bilingue (mãe polaca, pai egípcio). Achei muito curioso ele falar de dificuldades que tinha em criança e que são iguais ao que vejo nos meus filhos. A T. ao princípio quando chegámos ficou muito envergonhada por ver crianças a falar português na Polónia, mas passado algum tempo lá começou a interagir com elas.
E para concluir estas coincidências que juntam tantos "luso-falantes" num mesmo prédio, outra vizinha (divorciada de um brasileiro) perguntou há dias ao S. se poderia ter umas aulas de conversação comigo para treinar o português. Já lhe disse é que tenho de começar a treinar o sotaque brasileiro.

Curioso

Actualmente passam na televisão polaca dois anúncios a carros de marcas diferentes gravados em Lisboa. Um é da Nissan, outro da Skoda. Dá um certo orgulho ver como cá escolhem os cenários de Lisboa para coisas destas.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Probabilidade improvável

Quais são as probabilidades de irmos almoçar a um dos milhares de restaurantes do centro de Varsóvia e na mesa ao lado se sentar um casal português (ainda por cima portugueses que sabiam alguma coisa de polaco, o que mostra que "são de cá" e não apenas turistas)?? Pelos vistos são grandes.