sexta-feira, 31 de julho de 2009
Mistura de cores
Ontem fomos à piscina. Nos últimos tempos temos ido algumas vezes, porque arranjámos no Allegro um cartão de acesso por um preço muito bom. A Teresa também tem ido connosco. Ao princípio tinha medo, depois começou a relaxar e agora adooooora. Ontem fui com ela para a piscina das crianças e estava lá uma menina asiática. Cabelo muito escuro, pele morena de quem devia ter estado na praia e feições completamente "chinesas". À espera dela estava uma senhora polaquíssima, loirinha e branca como o leite. "A baby-sitter", pensei, ou algo do estilo. Passado um bocado, reparo que a menina está a falar polaco e dirige-se à senhora chamando-a "mãe". Olhei outra vez para elas e fiquei completamente de boca aberta! Mais tarde apareceu o pai e era mais que óbvio que a criança tinha saído 100% a ele (ok, menos no sexo!). Que impressão me fez ver uma polaquinha super polaca com uma filha que não tinha nada - mesmo nada - a ver com ela! Passado um bocado elas foram embora e vieram duas crianças pretinhas. Com elas veio outra senhora, também polaca e branquelas (mas ruiva). Não faltou muito até ouvir as crianças chamarem-lhe "mãe". Olhei à volta a tentar adivinhar quem seria o pai e não foi difícil. Confesso que fiquei meio baralhada ao ver estas famílias mistas. Claro que também nós somos uma família multi-nacional, por assim dizer. Mas a raça não difere muito uma da outra. Lembro-me bem que quando a Teresa nasceu e vi que tinha olhos azuis, isso me fez bastante confusão. Jamais pensei ter uma filha de olhos azuis e ao princípio foi estranhíssimo. Sempre estive habituada a ver bebés de olhos escuros. Agora, claro, já acho normal, e também vejo que ela tem outras coisas parecidas comigo. Nem quero pensar no que seria ter filhos tão diferentes de mim como aquelas duas mulheres têm. Absolutamente surreal.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Os polacos serão amargos?
Há certas frutas que cá são muito populares e que não consigo comer. Nesta época é comum oferecerem-nos ginjas para comer. Normalmente recuso, porque prefiro as docinhas cerejas. Mas noutro dia lá me enganei, a achar que era uma cereja, e meti uma à boca. De facto, era bem ácida ou amarga, nem sei bem descrever. Não consigo perceber como é que eles conseguem comer as ginjas como quem come cerejas. Outra que me ultrapassa é a toranja. É péssima!
Antes de vir para cá nunca me tinha apercebido de como em Portugal somos privilegiados com as frutas que tempos. Laranjas e pêras à vontade do freguês, por exemplo. Aqui, só há uns tempos reparei que as pêras são bem mais caras que as maçãs, porque não são tão frequentes. O facto de Portugal ser um país com muito sol faz com que tenha fruta muito docinha. Já aqui, e então este ano, que tem chovido que é um exagero, a fruta anda um bocado sem sabor, meio aguada.
Mas que os polacos estão habituados a sabores mais ácidos e até amargos, lá isso é verdade. Já nem falo nas couves fermentadas. Quanto a mim, não sei se alguma vez me vou habituar a estes sabores.
Antes de vir para cá nunca me tinha apercebido de como em Portugal somos privilegiados com as frutas que tempos. Laranjas e pêras à vontade do freguês, por exemplo. Aqui, só há uns tempos reparei que as pêras são bem mais caras que as maçãs, porque não são tão frequentes. O facto de Portugal ser um país com muito sol faz com que tenha fruta muito docinha. Já aqui, e então este ano, que tem chovido que é um exagero, a fruta anda um bocado sem sabor, meio aguada.
Mas que os polacos estão habituados a sabores mais ácidos e até amargos, lá isso é verdade. Já nem falo nas couves fermentadas. Quanto a mim, não sei se alguma vez me vou habituar a estes sabores.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Cidadã eleitora
Ontem fui ao consulado recensear-me. Já me tinham enviado um mail a dizer que o prazo terminava na segunda-feira. Lá fomos eu e a Teresa rumo à ul. Francuska (curioso, a embaixada ficar na rua francesa...) tratar dos nossos assuntos. Eu do formulário que tinha de preencher, ela de desarrumar todos os panfletos, brochuras e revistas que estavam na mesinha ao lado dos sofás. Em poucos minutos passei a fazer parte das listas eleitorais dos emigrantes e em Setembro já vou poder votar! Na embaixada, claro. Ena, ena!
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Nieśplik
Ontem uns amigos polacos perguntaram-me se havia alguma fruta de Portugal que não houvesse cá e de que eu tivesse saudades. Respondi-lhes que de nêsperas. Mas como explicar o que eram nêsperas? Na mesa tínhamos nectarinas e alperces. Disse-lhe que eram assim tipo os alperces, mas diferentes, mais pequenas, com a casca lisa, caroço grande e duro, etc. Uns disseram: "Ah, deve ser não-sei-quê! Mas isso também há cá!" Depois de mais uns momentos de descrição, chegámos à conclusão que afinal não era isso. Só hoje, depois de uma pesquisa na internet, é que descobri que em polaco nêspera diz-se nieśplik. Aparece em alguns sites como sendo um fruto tropical. Entretanto, com tudo isto, descobri que há alguém no Allegro a vender uma nespereira por 30zl!! Será que vale a pena comprar?
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Um pouco de ciclismo
Ultimamente aderimos aos passeio de bicicleta. Comprámos uma cadeirinha para a Teresa daquelas que se montam mesmo à bicicleta e lá temos ido nós aqui e ali exercitar as pernas. Digo que nunca pensei que eu, ao fim de tantos anos, pudesse ter tanta resistência! Temos dado umas voltas enormes, que incluem o Las Kabacki (o bosque que há a sul de Varsóvia). Numa das vezes chegámos a levar algum material e acabámos a piquenicar do outro lado do bosque. A Teresa, claro, adorou! Para ela isto é uma grande aventura. Durante o passeio, muitas vezes entretem-se a meter as mãos por baixo da t-shirt do Staś ou a puxar-lhe os calções, hehehe. As únicas vezes que chorou durante os passeios foi quando, por qualquer motivo, parámos para fazer qualquer coisa. De resto, vai compenetradíssima. Eu redescobri que andar de bicicleta até é muito giro, ajuda a ganhar resistência física, é bom para apanhar sol (quando o há...), mas ao mesmo tempo é um bocado perigoso para os decotes das meninas (pelo menos nas bicicletas de montanha). Ursynów é espetacular para esta prática, porque tem imensas pistas próprias para ciclistas nos passeios. É um conforto não ter de andar em subidas e descidas (essas podemos encontrar, ainda que poucas, no bosque). E de modo nenhum nos sentimos deslocados, porque - então nesta época do ano - há resmas de pessoas a andar de bicicleta, de todas as idades - mesmo! Às vezes vejo pessoas bastante mais velhas a andar como se tivessem 15 anos! É incrível!
Mas, infelizmente, pelo menos hoje não vai ser possível biciclar... Diz que o mau tempo voltou e está um dia ultra manhoso... chuif, chuif...
Mas, infelizmente, pelo menos hoje não vai ser possível biciclar... Diz que o mau tempo voltou e está um dia ultra manhoso... chuif, chuif...
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Ainda me acontecem destas
Neste fim de semana, quando estava a chegar a casa, reparei na matrícula de um carro mal estacionado perto de nossa casa e li no início: PO. Imediatamente exclamei em voz alta: "Olha! Um carro de Pontevedra, aqui!" Dois segundos depois: "Ah, nada, esquece... É de Poznan!..."
Ao fim de dois anos e meio aqui na Polónia ainda me acontecem destas!
Ao fim de dois anos e meio aqui na Polónia ainda me acontecem destas!
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Altamente!
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