Não tenho tido muito tempo para blogar, por isso - para não deixar o blog ao abandono - deixo aqui duas fotos do céu de Varsóvia ontem, ao fim da tarde e à noite.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Retratos de Sulejówek
No Domingo esteve um dia muito manhoso, com muita chuva. Sem sabermos muito bem o que fazer, decidimos ir dar uma volta de carro por algum sítio interessante. Pegámos no mapa e começámos a olhar para os arredores de Varsóvia, à procura de uma direcção para onde não tivessemos já ido passear. Deparámo-nos com Sulejówek, uma vila a leste de Varsóvia. Há uns tempos tínhamos lido algo sobre a casa que o Piłsudski lá tinha. Decidimos assim tentar a nossa sorte para aqueles lados, à procura de qualquer coisa de interesse.
Sulejówek não tem muito que se lhe diga. É a típica zona suburbana, sem nada de especial. No entanto, lá pelo meio há uma ou outra casa digna de se ver. Uma delas é a do Piłsudski. Por sorte, está aberta só ao sábado e ao domingo, pelo que pudémos visitá-la.
Quando se começou a retirar um pouco mais da vida política, o marechal Piłsudski mudou-se para Sulejówek. A mulher dele encontrou lá uma casa boa para o casal e as duas filhas pequenas. Um par de anos depois, o exército polaco construiu outra ao lado, como agradecimento por tudo o que o marechal fez pela pátria. Piłsudski morreu poucos anos antes do início da IIª Guerra Mundial. Com a invasão da Polónia pelos alemães e pelos russos em 1939, a viúva pegou nas filhas e fugiu para Inglaterra, deixando a casa de Sulejówek ao cuidado de familiares próximos. Depois da guerra, os comunistas fizeram questão de dispersar essas pessoas e transformaram a casa num jardim infantil. Só há poucos anos é que conseguiram recuperá-la. Existe o projecto de fazer ali um museu, mas para já ainda está tudo muito provisório, pouco há para ver. A fase de jardim infantil alterou bastantes coisas no interior da casa e, apesar de agora já estar muito parecido ao que era, ainda pode ser melhorado. O piso de cima, por exemplo, não pode ser visitado por funcionar ali a administração da "casa-museu". O plano é passar essa administração para a casa antiga, lá ao lado, mas primeiro que isso aconteça... Essa casa está abandonada e aparentemente em muito mau estado.
O senhor que toma conta daquilo é um bom guia, que vai contando muitas coisas. Falou, entre outras coisas, da estadia do Piłsudski na Madeira, recomendada pelo médico, para ver se se tratava com os bons ares da ilha (tinha um câncro no fígado).
Mas, para já, deixo aqui algumas fotos do local.
Sulejówek não tem muito que se lhe diga. É a típica zona suburbana, sem nada de especial. No entanto, lá pelo meio há uma ou outra casa digna de se ver. Uma delas é a do Piłsudski. Por sorte, está aberta só ao sábado e ao domingo, pelo que pudémos visitá-la.
Quando se começou a retirar um pouco mais da vida política, o marechal Piłsudski mudou-se para Sulejówek. A mulher dele encontrou lá uma casa boa para o casal e as duas filhas pequenas. Um par de anos depois, o exército polaco construiu outra ao lado, como agradecimento por tudo o que o marechal fez pela pátria. Piłsudski morreu poucos anos antes do início da IIª Guerra Mundial. Com a invasão da Polónia pelos alemães e pelos russos em 1939, a viúva pegou nas filhas e fugiu para Inglaterra, deixando a casa de Sulejówek ao cuidado de familiares próximos. Depois da guerra, os comunistas fizeram questão de dispersar essas pessoas e transformaram a casa num jardim infantil. Só há poucos anos é que conseguiram recuperá-la. Existe o projecto de fazer ali um museu, mas para já ainda está tudo muito provisório, pouco há para ver. A fase de jardim infantil alterou bastantes coisas no interior da casa e, apesar de agora já estar muito parecido ao que era, ainda pode ser melhorado. O piso de cima, por exemplo, não pode ser visitado por funcionar ali a administração da "casa-museu". O plano é passar essa administração para a casa antiga, lá ao lado, mas primeiro que isso aconteça... Essa casa está abandonada e aparentemente em muito mau estado.
O senhor que toma conta daquilo é um bom guia, que vai contando muitas coisas. Falou, entre outras coisas, da estadia do Piłsudski na Madeira, recomendada pelo médico, para ver se se tratava com os bons ares da ilha (tinha um câncro no fígado).
Mas, para já, deixo aqui algumas fotos do local.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Uma enfermaria em casa
Os últimos tempos têm sido de loucos. Com o tempo que tem estado por aqui, não foi de estranhar que a nossa casa acabasse por se tornar num hospital. O Staś e a Teresa a antibiótico, só eu é que me escapei (fiquei-me pelas "mézinhas"). Só que, para além de ter de servir de enfermeira a tempo inteiro, tenho estado com uns trabalhos para fazer, o que me rouba todo o tempo livre.
No início das doenças, quando fomos às urgências do centro de saúde e o Staś pediu ao médico para lhe passar um atestado, pergunta-lhe o médico: "Quer 5 ou 7 dias (úteis)?" Ele respondeu 5. Fiquei logo toda contente. Boa! Uma semana em casa! Comecei logo a dizer que podíamos ir aqui e ali. Ele, muito surpreendido, diz-me que a ideia é ficar em casa de cama. Achei um bocado exagero, mas lá aceitei que iamos ficar uma semana enclausurados. Pensei que eram mariquices de polacos. Entretanto a Teresa também adoeceu. Foi então, com estas idas todas ao médico e tal, que percebi que cá as pessoas levam a sério tomar antibiótico. Não é como em Portugal, que a pessoa mesmo com antibiótico vai trabalhar e faz a vida normal. Pelo menos comigo era assim. Só que cá, com o clima desta época do ano, é um risco andar na rua durante o tratamento. Isto porque é muito fácil ter uma recaída. Eu, que também estive meio adoentada, tive de sair uma ou outra vez de casa e senti que esses "passeios" não me ajudaram grande coisa. Ou seja, na Polónia, quando temos alguma constipação mais forte, é melhor não se armar em herói e querer fazer a vida normal. Bem, mas felizmente o pior já passou.
No início das doenças, quando fomos às urgências do centro de saúde e o Staś pediu ao médico para lhe passar um atestado, pergunta-lhe o médico: "Quer 5 ou 7 dias (úteis)?" Ele respondeu 5. Fiquei logo toda contente. Boa! Uma semana em casa! Comecei logo a dizer que podíamos ir aqui e ali. Ele, muito surpreendido, diz-me que a ideia é ficar em casa de cama. Achei um bocado exagero, mas lá aceitei que iamos ficar uma semana enclausurados. Pensei que eram mariquices de polacos. Entretanto a Teresa também adoeceu. Foi então, com estas idas todas ao médico e tal, que percebi que cá as pessoas levam a sério tomar antibiótico. Não é como em Portugal, que a pessoa mesmo com antibiótico vai trabalhar e faz a vida normal. Pelo menos comigo era assim. Só que cá, com o clima desta época do ano, é um risco andar na rua durante o tratamento. Isto porque é muito fácil ter uma recaída. Eu, que também estive meio adoentada, tive de sair uma ou outra vez de casa e senti que esses "passeios" não me ajudaram grande coisa. Ou seja, na Polónia, quando temos alguma constipação mais forte, é melhor não se armar em herói e querer fazer a vida normal. Bem, mas felizmente o pior já passou.
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