quinta-feira, 15 de maio de 2008

Senhas de racionamento

Noutro dia, na aula de polaco, estivemos a ler um texto sobre a PRL - República Popular da Polónia, nome pelo qual a Polónia era conhecida durante o regime comunista (nome típico dos países comunistas). O texto falava sobre a vida do cidadão comum, a nível de consumos. Falava sobre as intermináveis filas em que as pessoas tinham de estar para conseguirem comprar alguma coisa. Apesar de todas as coisas que li e que são para mim de certa forma incompreensíveis (acho que para todas as pessoas que não viveram esta realidade, tudo isto soa a estranho), houve uma que me fez pensar um bocado. Os polacos tinham de ficar em filas para comprar alguma coisa, mas se não tivessem senhas de racionamento, de nada lhes servia. Havia senhas para carne, açúcar, leite, manteiga, gasolina, etc. Por exemplo, cada família tinha direito a 3 kg de carne por mês. E aqui é que eu me fiquei. 3 kilos por mês é muito pouco. Nós cá em casa somos dois (quase três, mas este três ainda não conta) e consumimos à vontade mais de 3 kg de carne por mês. Comecei, então, a perceber certos hábitos alimentares dos polacos. O Stas já me tinha dito uma vez que nós comiamos muita carne, o que eu achei estranho, porque achei que comiamos o normal. Afinal, é tudo uma questão cultural, se é que assim se pode chamar. Os polacos em geral são capazes de fazer várias refeições sem carne, ou usando apenas carnes frias, por exemplo. No fundo, era tudo uma questão de sobrevivência; tinham de se desenrascar de qualquer maneira. A pouco e pouco vou juntando assim pequenas peças de um puzzle e vou percebendo mais algumas coisas dos polacos (sobretudo das gerações mais velhas).

2 comentários:

Anónimo disse...

Salvé, prima (s)!
As coisas q tu vais aprendendo...
Pois a vida devia ser muito complicada. É nestas alturas que nos lembramos de cenas de filmes sobre a 2ªguerra mundial e damos conta de que aconteceram na realidade, apesar de ser difícil imaginar...
Ficamos é mto preocupados com a ideia de que os tempos futuros podem n ser muito favoráveis. A grande crise de que se houve falar já se começa a fazer sentir, com os combustíveis sempre a subir e até já se fala no problema do arroz... Mas esperamos em Deus que tudo se há-de resolver e há q ser OPTIMISTAS! (Descobri um site sobre o acordo ortográfico, depois mando-te!)
jinhos

Anónimo disse...

Eu, outra vez,
com acordo ou sem acordo, na 10ª linha, onde se lê "houve" deverá ler-se "ouve".
Feita q está a emenda à acta, agora é que é,
jinhos