A certa altura, parámos junto de um senhor para lhe comprar umas pêras que tinham óptimo aspecto. Quando estávamos quase a ser atendidos, lembrei-me de pedir também mel, pois o senhor também o vendia. Depois de ter estado horrivelmente constipada em Lisboa e de ter ficado fã do leitinho com mel (que afinal não era mel, mas isso é uma longa história), pensei que se calhar seria bom ter mel em casa, para o caso de ser preciso. Neste momento, o Stas vira-se para mim e pergunta: "Que tipo de mel queres?". Eis que me dá um bloqueio. Na minha
ignorância (talvez por nunca ter gostado de mel) jamais soube que existiam diferentes tipos de mel. Olho para o chão e vejo imensos frascos de mel que, afinal, eram diferentes uns dos outros! E agora? Sei lá eu que tipo de mel quero! Para mim é tudo a mesma coisa! Salvou-me um senhor que estava atrás de nós à espera de ser atendido e lá explicou que, se calhar, para o que queríamos era melhor um mel mais líquido e recomendou mel lipowy.Depois de regressarmos, ouvi uma grande história sobre o mel. Diz então que na Polónia há uma grande tradição de apicultura, já muuuuuito antiga. Os apicultores instalam-se perto de certo tipo de vegetação e assim as abelhas vão produzindo diferentes tipo de mel. Parece que é a abelha-mestra que indica às outras que tipo de pólen elas têm de recolher. Agora, como é que a abelha-mestra se entende com o apicultor, isso já não sei. O que sei é que existem vários tipos de mel, de acordo com os diferentes tipos de pólen. O mel lipowy, que nós comprámos, é mel de tília. Vi que também existe mel de acácia, de framboesa (imagina!) e de outras coisas cujos nomes não consigo entender.


