Cá estamos de volta a Varsóvia, para mais uma temporada. Quando chegámos fomos muito bem recebidos, com -10ºC, para animar. Que bem que soube entrar em casa e sentir o calorzinho! No entanto, andamos a ver se compramos algum aparelho daqueles que dão humidade, porque o ar aqui é demasiado seco. Não nos faz bem a nós, cujos narizes e afins se queixam, nem às nossas plantinhas, coitaditas.
Quando chegámos, tivemos a alegria de ter no correio dois postais de Natal, que só chegaram depois de nós termos partido para Portugal. Mas foi bem assim, porque foi uma forma de animar o regresso. Obrigada, família, pelo alembramento!!
Já fez um ano que eu para aqui vim pela primeira vez e devo dizer que o tempo não tem nada a ver. Esta semana já apanhei mais temperaturas baixas que em todo o inverno do ano passado. Fiquei chocada quando entrei no carro e vi uma garrafa de água que lá tinha deixado completamente congelada! Nunca tal havia visto! Nem me passou pela cabeça que pudesse acontecer, mas realmente quando estão temperaturas bem negativas, é normal.
Ontem, por exemplo, aconteceu uma coisa chata. De madrugada e de manhã caiu uma chuva miudinha. Só que como a temperatura aqui em baixo estava bem baixa, a água congelou e formou gelo. Se eu andasse normalmente de patins, não havia problema. Mas com sapatos normais torna-se complicado andar na rua assim. E os carros? Tivemos de andar a partir gelo antes de poder ir a qualquer sítio. A neve sempre dá para limpar facilmente, mas o gelo... É uma seca! Depois disto vá lá que começou a nevar mesmo e o gelo deixou de incomodar.
Duas notas finais para concluir: Como o Stas veio doente de Portugal (a nossa humidade dá cabo dos estrangeiros...), veio cá a casa o médico de família deles vê-lo. Qual não foi a minha surpresa quando olho para o dito senhor (que mal entrou deitou a baixo com uma cabeçada a única decoração de Natal que eu tinha acabado de pendurar) e ele é igual ao Putin! A sério, é impressionante! Mais tarde comentei com outras pessoas que também o conhecem e todos corroboraram a parecença. Médico-Putin, não há nada a fazer. Não sei o nome dele, mas para mim vai ser sempre conhecido desta forma.
A nota final para dizer que este fim de semana recebemos em casa a "visita pascal" versão Natal. É muito parecido com o que fazem no Carregal na Páscoa: vem um padre, benze a casa, reza uma oração, toma um cházinho e faz um pouco de conversa, e depois continua a percorrer as casas todas da vizinhança. Super engraçado. Eles avisam quando vêm e nós só temos de arrumar minimamente a casa para o senhor não desmaiar de susto. Ah, e no fim damos "uns trocos" para a igreja (no caso da nossa paróquia, é literalmente para a igreja, que vai começar a ser construída agora - para já só há uma capela provisória).
E pronto, cá estamos, neste momento a cidade está toda branquinha por causa da neve de ontem, o que dá mais luz e é muito agradável à vista. Aqui por casa estamos todos bem, a barriga já começou a crescer (tem imensa piada!!) e o/a pequenote/a já não incomoda tanto como antes. É só mesmo o sono, mas isso... Só sei que ele/ela gostou muito da viagem a Portugal! E agora espera visitas.
1 comentário:
Gostava muito de comentar mas fiquei parada a rir no médico-Putin...
Ok, adiante.
Também eu, com hábitos nortenhos, tenho bem presente a "visita Pascal". Devo confessar, contudo, que cá não é chá que os padres bebem...
Tive muita pena de não te ver, mas agora vemo-nos em Varsóvia (deixa só isso por aí aquecer um bocadinho)...
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