Até que a cidade de Varsóvia teve uma boa ideia: colocou uma série de placas de bronze com um mapa do Gueto em zonas por onde passava o muro do dito. Uma forma de assinalar as suas fronteiras. Segundo dizem, podemos ver estas placas nas ruas Złota, Żelazna, Grzybowska, Solidarność e Żytnia, entre outras. Nós fomos em busca da placa na rua Świętojerska e, de facto, lá estava ela, toda janota à nossa espera para uma sessão de fotografias.
Diz a inscrição:
«Por decisão das autoridades ocupantes alemãs, o gueto foi isolado do resto da cidade no dia 16 de Novembro de 1940. A área do gueto, rodeada por um muro, tinha inicialmente cerca de 307 hectares; posteriormente foi ampliada e a partir de Janeiro de 1942 dividiu-se no chamado pequeno e grande gueto. Foram enclausurados aqui cerca de 360 mil judeus de Varsóvia e cerca de 90 mil de outras localidades. Cerca de 100 mil pessoas morreram à fome. No verão de 1942, os alemães deportaram e assassinaram nas câmaras de gás de Treblinka cerca de 300 mil pessoas. No dia 19 de Abril de 1943 estalou uma insurreição; até meados de Maio insurgentes e civis morreram na luta e nas chamas do gueto sistematicamente incendiado; os outros foram assassinados pelos alemães em Novembro de 1943 nos campos de concentração de Majdanek, Poniatowa e Trawniki. Poucos sobreviveram.
À memoria daqueles que sofreram, lutaram, morreram. Cidade de Varsóvia, 2008
Pequeno fragmento do muro norte do gueto aqui preservado.»E, para terminar, duas pequenas imagens das primeiras neves que cairam por aqui. Pena que não tirámos fotos no domingo. Isso sim, tinha sido giro. Caiu um nevão engraçado (que coincidiu com um momento em que tive de sair à rua...), era ver as criancinhas e pais todos aqui no parque infantil a descer as montanhinhas de trenó e a atirarem bolas de neve.
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