Há dois dias que neva sem parar. Tem imensa piada. Ontem, quando saí pela primeira vez para a rua coberta de neve foi muito emocionante. Aproveitei para dar mais uns passeios e saborear este momento totalmente novo para mim, já que nunca tinha estado em nenhum local cheio de neve como aqui. As primeiras sensações tiveram piada. Ia eu pela rua com um sorrisinho imbecil nos lábios, toda contente. As ruas parecem estar cobertas por claras em castelo ou chantilly. Bem, já não é bem assim quando pensamos atravessar a estrada. Aí é a maior nojeira que se pode imaginar. Abro agora aqui um mini parêntesis para falar de algo que acho que ainda não falei aqui: a poluição dos carros na cidade.
Uma das coisas que me surpreendeu quando cheguei foi ver um carro totalmente coberto de sujidade, a tal ponto que nem se conseguia ver a matrícula. Inicialmente achei estranho e pensei que seria um caso pontual. Qual quê! Depois disso fartei-me de ver carros assim, super porcos, mas um exagero de sujidade que acho que nunca vi em Portugal. Depreendo daqui que haja muita poluição nas estradas. Ora, cai um bocado de neve e o lamaçal na estrada e na borda dos passeios é imenso. Cada vez que tenho de atravessar a rua até hesito um bocado porque não sei onde meter os pés.
Ainda sobre os carros, no meu entusiasmo com a neve teve piada ter de limpar o carro coberto de neve. A segunda vez que tive de fazer isso também teve piada. Só que depois, ao fim de algumas vezes, começa a ser chato. E pensar em quem tem de ir trabalhar de manhã cedo e de carro... Tem de contar com o tempo de limpá-lo, mais o tempo que demora no trânsito porque supostamente devem andar todos com o triplo da prudência. Hoje senti-me muito feliz por ter de ir para a universidade de metro e fugir das confusões do trânsito.
Ah, também estou muito contente por ter comprado mal cheguei cá uns ténis Geox a que achei piada (e cujo preço também tinha muita piada), mas afinal parecem ser bons para andar na neve. Acabou por ser uma compra bem mais útil do que eu pensava. Claro que apesar de serem bons já escorreguei não sei quantas vezes no gelo, mas felizmente ainda não caí.
Entretanto, mais umas fotos simples:
Aqui finalmente uma vista parcial das lojinhas de bairro que falei.
Um corvo, ave que se vê muito por aqui, num ramo de uma árvore, ainda com pouca neve.
A linha do eléctrico coberta de neve. Vê-se nos carros lá atrás que isto ainda foi ao princípio. Daqui a pouco tiro outras fotos mais actuais para verem como já está tudo agora.
5 comentários:
Enfim! Não há bela sem senão...
P.
Aí na foto do meio custa-me a perceber o que é... Dizes que é um corvo mas tenho algumas dúvidas que isso seja mesmo ... mais me parece um macaco preto ou quiçá um animal não identificado: um "AVNI"!
Ou talvez esse corvo não seja fotogénico de todo... ou outra hipótese: ficou vaidoso por estar a ser fotografado e remexeu-se todo... Ahhh hmmm, deve ser o corvo da música dos 'miços': "Sou o corvo mais bonito que vive nesta floresta." Aposto que é esse mesmo!!!
Pulquéria
E' mesmo esse corvo! Nao, ele estava a cocar-se, ou entao foi vergonha mesmo e no momento da foto escondeu-se.
Mariana, hoje pensei imenso em ti. Aqui em Madrid estiveram 0 graus de manha e eu nao estava aguentar andar na rua com o vento a bater na cara. Quando cheguei as minhas aulas de espanhol (que comecei hoje e aproveito pra me preparar para o DELE) ia com a cara tao gelada que quase nao conseguia falar, rir... parece que fica petrificada, sabes qual eh a sensacao? O problema aqui eh que tb nao andamos tao bem agasalhados. Tenho de comprar um gorro que tape as orelhas e andar sempre com alguma coisa para tapar o nariz. Como te proteges do frio?
Besos fuertes
Cat
Carros imundos e aos montes aí na Polska...!!!??? Tou a ver... Ou por outra não estou porque não fizeste foto ó bloguista! Bem, deixai-me pensar, elocubrar!!! E sim, já está! Plim! Um bom negócio seria montar empresas de lavagens super-modernas e refinadas (requintadas seria demasiado) ao domícilio, por ex. >Ou então num espaço super-moderno (tá a ver?) onde os maridos tomassem café baratinho enquanto o carro é lavado, com área para as respectivas mulheres lazerem (não é jazerem...) e os filhos também, naqueles montões de bolas coloridas e plásticas que depois também se poderiam comer (tipo chucherias). Que acham da ideia os investidores Tiago Vaz e sua esposa D. Cat Vaz de Bragança e a polskiego Mariana Vaz su nobio Stas Bien ? Nós os outros também alinhamos e falamos ao garoto sportinguista Hugo Vaz e ele abre uma escuela de football ali mesmo na área da lavagem. Isto porque falta de espaço não há aí em Barsóvia.
SUGRU
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